A Cáritas Arquidiocesana de Manaus em parceria com o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, realizaram o Seminário Diversidade e Reconhecimento Étnico tendo como objetivo: Um debate sobre a problematização da presença indígena nas cidades no Brasil, na Região Norte e especificamente na cidade de Manaus, com a participação de 40 lideranças Indígenas da cidade de Manaus e entorno, dos povos Kambebas, Kokama, Apurinã, Mura, Saré-Mawé, Miranha e Dessano, a atividade foi realizada na Casa de Retiro Vicente Cãnas, tendo como assessoria a Antropóloga Professora Dra. Lúcia Helena Rangel, da PUC – São Paulo e Assessora de Antropologia do CIMI. Para os indígenas “foi um momento rico de valorização cultural e de sua identidade”, nas falas percebesse que ainda há muito preconceito quando os indígenas ouvem dizer que “um indígena deixa de ser indígena por morar na cidade, e assim civiliza-se”, isso é extremamente preconceituoso. O indígena é indígena em qualquer lugar, inclusive nas cidades, pois sua identidade é única. Ao final do evento como resultado foi elaborado e assinado um documento com as principais reivindicações, dentre elas a situação de moradia nos territórios urbanos; Atendimento de saúde específica e diferenciada para os indígenas em territórios urbanos; Educação Básica específica, diferenciada, intercultural, multi/bilíngue e comunitária, com escolas indígenas reconhecidas como tal em lei, com a garantia da atuação de indígenas professores; Políticas públicas que visem minorar e eliminar o racismo estrutural e institucional, ainda muito presente na atualidade e que compromete a vida dos povos indígenas em todos os âmbitos. A proposta é que seja encaminhado para os órgãos públicos, a fim de obter informações acerca das reivindicações relatadas.
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